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Verão quente: Brasil deve registrar temperaturas acima da média

As temperaturas na estação vão ficar acima da média em todo o país, com máximas podendo passar de 40 ºC em diferentes estados

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Foto: Pixabay

O verão começa no dia 22 de dezembro e termina em 20 de março.

Segundo previsão divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação será marcada por chuva acima da média em grande parte do Brasil.

As regiões que devem registrar os maiores volumes de chuva são a Norte e a Centro-Oeste, com acumulados entre 700 mm e 1.100 mm.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a chuva será provocada, principalmente, pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

Já no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pelo período chuvoso.

Temperaturas altas no verão

As temperaturas também devem ficar acima da média em todo o país.

Nas regiões Norte e Nordeste, os termômetros podem chegar a 40 °C.

Nas regiões Sul e Sudeste, as máximas devem ficar em torno de 30 °C.

O verão é um período importante para o Brasil, pois é responsável por boa parte das chuvas que caem no país.

A estação também é favorável para o setor da agropecuária, geração de energia por meio de hidrelétricas, reposição hídrica e manutenção dos reservatórios.

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Foto: Jonathan Campos/AEN

Impactos do El Niño

A previsão indica que o fenômeno El Niño, que já influenciou o Brasil durante toda a primavera, vai continuar tendo forte atuação no verão.

O El Niño é um fenômeno climático oceânico-atmosférico que ocorre no Oceano Pacífico Equatorial.

O aquecimento anormal das águas superficiais do Pacífico provoca mudanças na circulação atmosférica e nos padrões de chuva em todo o mundo.

No Brasil, o El Niño costuma provocar chuvas abaixo da média no Norte e Nordeste, e acima da média no Sul e Sudeste.

Impactos do verão na safra 2023/2024

Considerando a previsão dos modelos climáticos e a permanência do El Niño, o impacto deste fenômeno na safra de verão 2023/2024 merece atenção.

No Matopiba, região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a chuva ficou abaixo da média em outubro e novembro, mantendo os níveis de água no solo muito baixos, o que desfavoreceu as fases iniciais dos cultivos de verão.

Nos próximos meses, os níveis devem continuar baixos, persistindo as condições de déficit hídrico e de aumento da evapotranspiração devido às altas temperaturas.

No Brasil Central, o retorno da chuva, observado na segunda quinzena do mês de dezembro, contribuiu para a elevação dos níveis de água no solo em algumas áreas.

Este cenário tem favorecido a retomada do plantio e desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

No entanto, há previsão de chuva regular para os próximos meses.

A princípio, isso pode contribuir para a recuperação dos níveis de água no solo, favorecendo as culturas em estágios fenológicos de maior necessidade hídrica.

Além disso, os volumes de chuva previstos para a Região Sul devem manter os níveis de água no solo elevados, mas com menor probabilidade de gerar excedente hídrico.

A diminuição do volume de chuva em relação aos meses anteriores pode favorecer a retomada da semeadura das culturas de primeira safra em regiões que se encontram em atraso.

Recomendações

Diante da previsão climática para o verão 2023/2024, é importante que produtores rurais e gestores públicos tomem medidas para se adaptar aos impactos do El Niño.

Nas regiões Norte e Nordeste, é importante monitorar os níveis de água no solo e adotar medidas para evitar a perda de produtividade.

No Brasil Central, é importante aproveitar o retorno da chuva para retomar o plantio e o desenvolvimento das culturas