A esperança de uma nova negociação entre Grécia e credores perdeu força e se converteu em maior aversão ao risco ao longo da tarde desta quarta, dia 1º de julho, ampliando a valorização do dólar, que já subia após dados mais positivos nos Estados Unidos.
O dólar comercial encerrou com alta de 1,15% a R$ 3,1460 para venda, maior patamar desde 5 de junho deste ano, quando encerrou em R$ 3,1510. No mercado futuro, o contrato com vencimento em agosto subia 1,35% a R$ 3.181,500.
– Havia uma remota possibilidade de não se concretizar o default, mas conforme isso não se consolidou, o mercado foi buscar proteção no dólar pelo menos até o referendo grego. Os dados do ADP (criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos) já motivavam a alta do dólar – diz Cleber Alessie, operador de câmbio da H.Commcor.
Segundo Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica, esses dados mais fortes reforçam a expectativa de um indicador também melhor para a criação de vagas e taxa de desemprego amanhã (payroll), indicador mais importante da semana.
– O ADP reforça a ideia de um payroll forte e isso ajuda na alta do dólar, além do estresse com o quadro da Grécia – diz Rosa.