Copaaergs discute efeitos do La Niña e prognóstico de precipitações para próximo trimestre

Engenheiros agrônomos e meteorologistas apresentaram nesta quinta dados sobre a situação atual das culturasA ocorrência do fenômeno climático La Niña e seus reflexos nas culturas de verão foi a pauta da reunião do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs) que ocorreu na tarde desta quinta, dia 30, na Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa).

Engenheiros agrônomos e meteorologistas apresentaram dados sobre a situação atual das culturas e o prognóstico de precipitações para os meses de outubro, novembro e dezembro. As informações serviram de subsídio para compor o relatório de recomendações para os produtores rurais no manejo das culturas no próximo trimestre.

De acordo com o técnico da Seappa, José Inácio Pereira da Silva, algumas culturas estão com o plantio atrasado devido à pouca chuva que ocorreu no mês de agosto.

? Mas estamos entrando na primavera sem grandes problemas, devido à boa precipitação ocorrida em setembro. O fato de o último trimestre do ano apresentar uma baixa precipitação pode não representar uma quebra na produção das lavouras. Vai depender dos períodos em que as chuvas ocorrerão ? esclarece José Inácio sobre o La Niña e as conseqüências para as culturas de verão.

No caso do milho, feijão e soja, se as chuvas ocorrerem nos chamados períodos críticos de cada cultura, a produtividade poderá ser melhor do que os números esperados.  Para o arroz, os conselheiros do Copaaergs prevêem, ao contrário, um favorecimento pela baixa concentração de chuvas no verão, pois trata-se de uma cultura que precisa da radiação solar para atingir um bom desenvolvimento.

Participaram da reunião representantes da Seappa, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS), Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Sociedade Brasileira de Agrometeorologia (SBA), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).