Mapa estuda convênio com Indea para fiscalização de sementes em MT

Possibilidade foi discutida com a Aprosoja-MT, que reivindica formas de garantir a qualidade das sementes de soja vendidas no Estado

O próximo ano pode começar com uma boa sinalização para os agricultores das cadeias de soja e milho em Mato Grosso. Como não dispõe de equipe suficiente para a fiscalização de sementes, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está analisando o estabelecimento de convênio interinstitucional com o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) para os trabalhos em campo no estado.

• Produtores de MT denunciam a baixa qualidade das sementes compradas

A informação foi transmitida ontem ao Diretor Técnico da Associação dos Produtores do Estado (Aprosoja-MT), Nery Ribas, pelo diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Girabis Evangelista Ramos. A ideia é verificar de que forma o efetivo do Indea-MT pode contribuir para a fiscalização.

– O Indea-MT tem uma capilaridade maior em nosso Estado, e a soma de esforços pode nos ajudar a assegurar que o agricultor tenha sementes com qualidade ao plantar – observa Ribas.

A preocupação com a baixa qualidade das sementes adquiridas para o plantio da soja na safra 2014/2015 fez com que a Aprosoja-MT solicitasse ao ministério uma fiscalização emergencial em meados de novembro.

• Artigo: Qualidade das sementes

Antes de buscar o ministério, a entidade realizou um estudo sobre a qualidade das sementes comercializadas no Estado. Além de relatos de produtores, considerou resultados internos da safra anterior, que demonstraram que 26,36% das amostras coletadas durante o Circuito Tecnológico 2013 estavam abaixo do índice tolerado.

Em sua resposta, o órgão aponta a limitação do quadro de funcionários como principal impedimento para atender a solicitação. Em janeiro deste ano, o Mapa realizou concurso para contratação de 796 vagas. Dessas, 15 eram para Mato Grosso – o correspondente a 1,98%. Para o setor agrícola, houve a contratação de apenas um engenheiro agrônomo.

Estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que seria necessário contratar 127 fiscais para que a necessidade por esse profissional em Mato Grosso fosse atendida.

Asscom/Aprosoja-MT

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