A soja em grão voltou a ser negociada acima dos R$ 92 por saca no porto de Paranaguá (PR) e dos R$ 85,50 nas regiões paranaenses, atingindo os maiores patamares desde julho de 2016, em termos reais (IGP-DI de julho de 2018).
Segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Agropecuária (Cepea), o impulso veio da forte valorização do dólar frente ao real, cenário que favorece as exportações. A moeda norte-americana fechou a R$ 4,16 na quinta-feira, dia 30, o maior valor desde o início do Plano Real.
Apesar da alta, o ritmo de negócios no mercado brasileiro está lento. Do lado vendedor, sojicultores, atentos ao câmbio e também ao menor excedente interno, se retraíram do mercado, na expectativa de elevação nos valores nos próximos dias.
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Do lado da demanda, muitas indústrias estão saindo do mercado para realizar manutenção, enquanto as ativas reduzem o ritmo de compra de grãos. Nestes casos, estas mostram dificuldades no repasse das valorizações dos grãos aos derivados, especialmente devido ao fraco desempenho dos setores de aves e suínos, que vem limitando as aquisições de farelo. Os altos valores dos fretes também influenciam a diminuição nas transações nacionais.
Entre os dias 24 e 31 de agosto, o indicador Esalq/BM&FBovespa da soja em Paranaguá (PR) avançou 1,56%, a R$ 92,62 na sexta-feira, 31. No mesmo comparativo, o indicador Cepea/Esalq Paraná subiu 0,96%, a R$ 85,88 por saca.
