Amorim diz que Brasil e Austrália devem intensificar cooperação bilateral em várias áreas

Plano de ação envolve, entre outras, as áreas de comércio e investimentos, agricultura, mineração, energia e ciência e tecnologiaO ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quarta, dia 27, após reunião com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, que os dois países devem elaborar um plano de ação nas áreas de comércio e investimentos, agricultura, mineração, energia, ciência e tecnologia, educação, esportes e cultura.

? Parece um desdobramento natural das afinidades entre os dois maiores países do Hemisfério Sul ? disse Amorim, segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty.

A intenção do plano é fazer com que as relações bilaterais cheguem ao patamar de uma “parceria elevada”. Também está sendo negociado um acordo na área de ciência e tecnologia, informou o chanceler. De acordo com Amorim, áreas como biocombustíveis, algodão, trigo e cooperação educacional apresentam grande potencial para acordos bilaterais e cooperação.

Há também possibilidades de cooperação entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization (CSIRO), e entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Australia Research Council (ARC).

Amorim está em visita à Austrália, de onde segue para a Nova Zelândia. Além de discutir as relações bilaterais, a viagem do ministro tem como objetivo dar continuidade aos contatos para tentar retomar as negociações da Rodada Doha.

Em 2007, o comércio Brasil-Austrália chegou a US$ 1,39 bilhão, um recorde em 20 anos. As importações foram de US$ 775 milhões, enquanto as exportações chegaram a US$ 614 milhões.