Agronegócio

Líderes do agronegócio pedem cautela no tratamento com a China

É consenso entre as autoridades que o momento é de "pacificação" diante das incertezas causadas pela pandemia do coronavírus

Líderes do agronegócio brasileiro afirmaram na segunda-feira, 6, que é preciso ter cautela na forma como o Brasil trata a China, o principal destino das exportações do setor. É consenso entre as autoridades que o momento é de “pacificação” diante das incertezas causadas pela pandemia do coronavírus.

Os comentários foram feitos após postagem do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que irritou autoridades chinesas. “Nossa preocupação é de pacificar e manter as boas relações. Não queremos briga, precisamos dar suporte ao governo para atravessar a crise. Estamos muito preocupados e precisamos de cautela”, afirmou o ex-ministro da Agricultura Neri Geller, hoje deputado pelo PP de Mato Grosso.

No Estado, oito de cada dez sacas de soja têm como destino a China. O também ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli se disse preocupado. “Não devemos insultar ninguém. E não podemos misturar comércio com política, precisamos de uma posição mais sadia, mais madura'”.

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Marcello Brito declarou que “quando a gente abre um tipo de disputa dessas num momento inadequado, o que a gente espera em troca?”. “Já temos tantos problemas, não precisa criar mais um. O Brasil não ganha nada com isso, só perde”, disse o vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, Pedro de Camargo Neto.

Confronto

Uma postagem do ministro da Educação, Abraham Weintraub, nas redes sociais provocou novo tensionamento nas relações entre o Brasil e a China. Após criticar o sotaque dos chineses, Weintraub disse nesta segunda, 6, que pode até pedir desculpas à embaixada do país asiático por sua “imbecilidade”, desde que a China forneça respiradores ao Brasil para o combate ao novo coronavírus.