De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi confirmado o segundo caso de gripe aviária (H5N1) no Paraná neste ano.
O diagnóstico foi emitido no sábado (24) e divulgado no domingo (25).
Assim como o primeiro caso, que foi confirmado na sexta-feira (23), a doença foi identificada em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-real. O primeiro caso ocorreu em Antonina e o segundo em Pontal do Paraná, ambas cidades localizadas no litoral do estado.
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Conforme informações fornecidas pelo Mapa, há uma investigação em andamento na Ilha do Mel, em Paranaguá, em relação a um caso suspeito envolvendo a mesma espécie de ave, que é suspeita de ser portadora da doença.
Com os casos confirmados, o Paraná intensificou as ações de vigilância em aves domésticas e silvestres, principalmente nas regiões próximas do foco.
O Conselho de Sanidade Agropecuária do estado se reuniu na manhã desta segunda-feira (26), na Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), para estabelecer as diretrizes das novas medidas, dentre elas uma portaria proibindo a saída de aves da região afetada.
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), estão sendo implementadas medidas de vigilância em propriedades próximas à área afetada pela doença.
“A recomendação que se tem é com o foco, você tenha uma varredura nos primeiros 3 km e a segunda varredura em 10 km. E aí você vai verificar nesses 10 km se tem aves. A gente foi em todas as propriedades, não detectamos nenhuma com qualquer problema de doença, então nós estamos tranquilos em relação ao litoral do Paraná”, diz o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.
“Estamos pela autoridade sanitária que é a Adapar tomando medidas mais restritivas à movimentação de aves, proibindo provavelmente a partir de hoje, com certeza, a saída de aves de criação do litoral, dos municípios do litoral para outros ambientes, para o Paraná, para o Brasil, para o mundo por 90 dias até que tenhamos um acompanhamento da evolução desse quadro se se agrava ou não na presença, felizmente até agora apenas em aves silvestres”, afirma o secretário da Agricultura, Noberto Ortigara.
O Superintendente do Ministério da Agricultura no estado, Cleverson Freitas, reforçou que está à disposição do estado para a força-tarefa no controle da doença, através da disponibilização dos recursos liberados pelo governo federal no início deste mês.
Desde o início do registro da doença no Brasil este ano, produtores e o governo paranaenses têm se empenhado em prevenir surtos em granjas. Vale ressaltar que o estado é o maior produtor e exportador de carne de frango do país.
Por ser o maior produtor e exportador de carne de frango do país, a condição sanitária do Paraná não está comprometida.
A agência também enfatizou que não existem propriedades de produção comercial na região onde o primeiro animal infectado foi encontrado.
Gripe aviária no Brasil
Segundo o Ministério da Agricultura, até o momento, foram registrados um total de 48 casos da gripe aviária em aves silvestres no país.
O ministério está conduzindo nove investigações adicionais, nas quais amostras estão sendo coletadas, mas ainda não há resultados laboratoriais conclusivos.
É importante ressaltar que os casos em aves silvestres não afetam o status do Brasil como um país livre de IAAP, nem impõem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme estabelecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
