Expodireto termina com faturamento de R$ 3 bilhões e recorde de público

Negócios têm alta de 27% em relação à edição passada. Cerca de 235 mil pessoas passaram pelo parque de Não-Me-Toque (RS) desde segunda, dia 10O balanço da 15ª edição da Expodireto Cotrijal é positivo. O faturamento ultrapassou R$ 3 bilhões, uma alta de 27% em comparação à edição de 2013. O público mais uma vez foi recorde: mais de 235 mil pessoas passaram pelo parque de exposições em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul.>> Leia mais notícias sobre o evento

Para estarem aqui, os agricultores se preparam o ano todo. Eles precisam comprovar que pertencem à agricultura familiar, com declaração de adesão ao Pronaf, e atender à legislação vigente.

O pavilhão foi um dos mais visitados, com 150 expositores, sendo 75% produtores agroindustriais e 25% de artesanato, plantas e flores. O município de Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, compareceu pela primeira vez. Cirley Lorenzatti trouxe os produtos coloniais da região, todos produzidos pela família, e ficiu contente com o resultado.

– Estou com uma impressão maravilhosa, a organização é fantástica, tudo é limpo – afirma a agricultora.

– A Expodireto vem aumentando a venda a cada ano. Neste ano, então, estourou, vendemos muito bem – disse Solange Auler Bini, produtora de Não-Me-Toque que vendeu mais de 800 quilos de embutidos.

Outra banca muito frequentada foi a da cachaça. Em um estande, mais de 1 mil garrafas foram vendidas.

– A feira superou a expectativa  porque o número dobrou em relação ao ano passado – comemora Gilberto Possami, de Selbach.

Segundo os expositores, entre os desafios para a próxima edição, estão a telefonia e a rede de internet são os mais citados.

– Muita gente ainda tinha dinheiro, mas bastante gente deixou de comprar. Teríamos vendido uns 10% a mais – destaca Solange Bini.

– Com certeza é uma reivindicação que vamos levar para a Expodireto do próximo ano – ressalta o assessor de Políticas Agrícolas da Fetag-RS, Jocimar Rabaioli.

Segundo ele, o setor contou com melhorias na infraestrutura dos pavilhões.

Os pavilhões de máquinas e implementos agrícolas trouxeram lançamentos nacionais e foi um dos que recebeu mais visitantes. A feira internacional também contou com fóruns, debates e recebeu a visita de autoridades ligadas ao segmento do agronegócio.

Satisfeito com os resultados de mais uma edição de sucesso, o presidente da Cotrijal, Nei Mânica, elencou os melhores momentos da feira.

– Acredito que a agricultura familiar, a renovação da filantropia da Emater, os lançamentos, o anúncio do PIB. O mais importante é a satisfação dos expositores e visitantes, a possibilidade de aumento de renda nas propriedades.

Audiência do Senado

Um dos eventos mais importantes do último dia da Expodireto foi a audiência pública da Comissão de Agricultura do Senado, que abordou o futuro da assistência técnica e da extensão rural no país. A senadora Ana Amélia Lemos dirigiu a reunião, e defendeu a disseminação do conhecimento aos pequenos e médios produtores rurais.

– Os grandes produtores sempre têm seus próprios centros de pesquisa, mas o médio e o pequeno não têm, é preciso que o poder público os ajude. Nós precisamos resolver definitivamente esse problema. Você faz pesquisas e investimentos na Embrapa e não tem como disseminar esse conhecimento para o campo.

A senadora ressaltou a importância do setor para a balança comercial do país.

– Felizmente, estamos vivendo um momento de uma euforia contida e essa é a atitude mais correta do agricultor profissional. A agricultura é o motor do Estado e do Brasil. Se você olhar a balança comercial, tudo sai da agricultura, o etanol, a soja, o tabaco. Precisamos tratar esse setor como ele merece, e o grande dilema continua sendo a logística.

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