Agricultura

Com impacto da seca, Bolsa de Cereais revisa produção de grãos na Argentina

O relatório da Bolsa de Cereais explica que o início de 2022 segue sem chuvas significativas e que a produção de milho sofre com insolações

As secas decorrentes da onda de calor que atinge a Argentina ajustaram a primeira estimativa de milho de 56 milhões de toneladas para 48 milhões de toneladas, enquanto as possibilidades produtivas da oleaginosa caíram para 40 milhões de toneladas ante 45 milhões projetados anteriormente. Isso significa um corte mensal de 14% em relação a dezembro, segundo estimativas da Bolsa de Cereais de Rosário (BCR).

O relatório da BCR diz que o início de 2022 segue com cenário de seca, sem chuvas significativas, e que a produção de milho sofre com insolações, resultando em um cenário de queda nas projeções esperadas em dezembro.

“Temperaturas extremas, umidade relativa baixa, dias de ventos contínuos, umidade relativa de 10 a 15% e radiação com valores extremos são algumas das variáveis que foram alinhadas para colocar o milho em primeiro lugar nas principais estimativas de corte, uma vez que as lavouras estão em uma fase crítica da safra”, explicam analistas da BCR em relatório.

Além disso, o relatório alerta que, diante da seca, apesar de ter plantado 8% mais milho do que no ciclo anterior, a primeira estimativa feita sobre a evolução das tabelas mostra que haverá menos 4 milhões de toneladas em relação há um ano. A possibilidade de sustentar a produção de milho argentino dependerá das chuvas e do desenvolvimento que alcançar o milho de semeadura tardia.