Agricultura

Petrobras cancela venda de fábrica de fertilizantes e diz que vai retomar obras 

A construção da UFN3 em Três Lagoas (MS), teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão

Em nota divulgada ao mercado na noite desta terça-feira (24), a Petrobras informou que encerrou o processo de venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul.

A decisão segue o que foi dito pelo novo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Na última terça-feira (17), Fávaro afirmou que Petrobras deve retomar a construção de três fábricas de fertilizantes no país. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal O Globo.

Uma delas é a UFN 3, paralisada em dezembro de 2014.

“A Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 29/08/2022, informa que, observada a governança interna aplicável, foi aprovado o encerramento do processo competitivo, que estava na fase vinculante, para venda integral da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III). A Petrobras avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão, em alinhamento ao Plano Estratégico 2023-2027 vigente, e reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio”, diz a estatal em nota.

Fábrica de fertilizantes

A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.

Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 t/dia e 2.200 t/dia, respectivamente.

Em 2022, uma empresa russa manifestou interesse na compra da fábrica.

Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, que não teve aprovação do governo do estado de Mato Grosso do Sul.