Dólar sobe mais de 1%

Moeda atinge maior cotação em dois meses por ajuste fiscal e Estados UnidosO dólar comercial encerrou o pregão desta terça, dia 26, com alta superior a 1% e no maior nível desde abril, com os investidores apresentando aversão a risco diante das incertezas sobre o processo de ajuste fiscal no Brasil e as especulações sobre quando a taxa de juros subirá nos Estados Unidos. 

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

A moeda norte-americana terminou o dia com alta de 1,68%, cotada a R$ 3,1480 para compra e R$ 3,1500 para venda.

O mercado voltou a reverberar as especulações de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vai deixar o governo por falta de apoio ao ajuste fiscal que está promovendo. Ontem, dia 25, ele negou tal possibilidade, afirmando que não possui divergências com membros da equipe econômica do governo.

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O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que as Medidas Provisórias (MP) 664 e 665, que alteram as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários e que fazem parte das medidas de ajuste fiscal, serão votadas a tempo. As propostas perdem validade na próxima segunda, dia 1.

O PT, por sua vez, disse que orientará a sua bancada a votar a favor das medidas, mas descartou punir dissidentes. O apoio do partido é cobrado pelo Palácio do Planalto, por aliados e pelo próprio Levy.

Entre os dados sobre a economia, o Banco Central (BC) informou que a conta corrente registrou déficit de US$ 6,901 bilhões em abril.

Nos Estados Unidos, dados positivos em relação à venda de imóveis residenciais novos e a confiança dos consumidores aumentaram as especulações de que o banco central (FED) vai elevar a taxa de juros antes do final do ano.