Santa Catarina registrou neve pela primeira vez no ano, mas áreas produtoras não foram atingidas. O fenômeno ocorreu nesta segunda, 28, no interior de São Joaquim, na serra catarinense, por volta das 8h30, segundo informações da Epagri. No município, a mínima chegou a 1,6°C. O acúmulo de gelo era tanto, que os moradores conseguiram fazer um boneco de neve. As áreas produtoras não foram atingidas.
- Geada ganha força e pode chegar em áreas do Centro-Oeste
- Temporais provocam rastro de destruição no Rio Grande do Sul
O problema para a agricultura é o que ainda está por vir. Nas próximas 48 horas, há risco de geadas amplas no centro-sul do Brasil, o que pode afetar lavouras de milho que foram instaladas muito tardiamente, café do norte do Paraná, além da cana-de-açúcar e pastagens de parte de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Por enquanto, áreas de café do sul de Minas Gerais estão livres da geada.
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Na madrugada de terça-feira, 29 esperam-se mínimas abaixo dos 2°C com formação de geadas desde Porto Murtinho, Ponta Porã, Sete Quedas em Mato Grosso do Sul e Campo Mourão, Nova Tebas, Ponta Grossa e Curitiba no Paraná até o oeste do Rio Grande do Sul. A serra de Santa Catarina deverá registrar pelo menos -6°C, enquanto o sul do Paraná e o Planalto de Santa Catarina terão -5°C.
O trigo é resistente ao frio quando em desenvolvimento vegetativo, mas mínimas abaixo dos -3°C afetam tecidos reprodutivos da planta. Então, em casos mais extremos e pontuais, há chance de diminuição da produtividade, mas algo que não deverá afetar a safra da Região Sul como um todo.
Na quarta-feira, 30, o frio avança na direção de áreas produtoras de café, feijão, hortaliças, cana de açúcar e de milho do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. As mínimas caem para menos de 2°C desde Nova Alvorada do Sul-MS até o sul de Mato Grosso do Sul, em praticamente todo o Estado do Paraná e na área de feijão do sul do Estado de São Paulo, região de Itapeva-SP. A menor temperatura será vista em áreas elevadas do Paraná e de Santa Catarina. Guarapuava-PR deverá ter -3°C.
Na quinta-feira, 1 de julho, o frio alcançará a Mogiana e sul de Minas Gerais, mas sem potencial para geadas em áreas de café arábica. A mínima abaixo dos 2°C será vista no sul de São Paulo no sul e leste do Paraná, norte do Rio Grande do Sul e em boa parte do interior de Santa Catarina. E, finalmente, na sexta-feira, esperam-se mínimas abaixo dos 2°C apenas nas áreas mais elevadas da Região Sul.
Além da previsão de chuva mais intensa hoje sobre Santa Catarina, há previsão de chuva forte no leste do Nordeste, especialmente entre terça e quarta-feira. Na soma de sete dias, estimam-se mais de 200 milímetros entre o litoral norte de Alagoas e o litoral sul do Rio Grande do Norte. A chuva aumenta o potencial para estragos nas capitais e regiões metropolitanas, mas aumenta a umidade do solo para o desenvolvimento de feijão, milho, soja, cana de açúcar e mandioca, além de pastagens.
Na semana que vem, o frio enfraquecerá sobre o Centro e Sul do Brasil e o tempo ainda permanecerá seco na maior parte das áreas produtoras. A chuva forte prosseguirá sobre o leste do Nordeste, especialmente entre Alagoas e Rio Grande do Norte. A chuva forte retornará ao Sul apenas entre os dias 13 e 17 de julho. Já a próxima queda de temperatura acontecerá entre os dias 18 e 22 de julho com mínimas entre 3°C e 6°C.
