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Ciclone chega nesta quinta; veja onde pode haver ventanias de até 80 km/h

Fenômeno ainda vai provocar aumento da chuva em vários pontos do Brasil e poderá prejudicar funcionamento de porto no Rio Grande do Sul

Um ciclone extratropical deve se formar no interior da América do Sul a partir da quinta-feira, de acordo com a previsão do tempo. O fenômeno deve se formar no interior do continente na altura de Mato Grosso do Sul e cruzar a região Sul, provocando chuva volumosa, persistente e abrangente, com possibilidade até de granizo e raios em algumas áreas.

De acordo com o meteorologista da Somar, Celso Oliveira, os efeitos do fenômenos devem ser sentidos já nesta quinta-feira, 3, provocando chuvas que vão do interior do Rio Grande do Sul, passando por quase toda a costa brasileira.

“O ciclone extratropical aumenta a chance de tempestade. Desde o sul e oeste do Rio Grande do Sul, até o oeste do Paraná, com rajadas de vento na casa dos 70 km/h até 80 km/h”, disse.

Segundo o meteorologista, cidades como Francisco Beltrão (PR), Guarapuava (PR) e Chapecó (SC) terão ventanias de até 70 km/h. Já em Rio Grande (RS), onde fica o principal porto do gaúcho, a expectativa é de ventania na casa dos 80 km/h, o que pode prejudicar as atividades no terminal.

Além do vento, o ciclone extratropical trará chuva que pode chegar aos 50 mm no oeste de Santa Catarina e parte do norte do Rio Grande do Sul. As nuvens vão até o Sudeste, abrangendo o sul de Minas Gerais e parte de São Paulo.

“Já a área central do Brasil, que teve chuva em maio, a tendência é de tempo seco persistente, que é bom pra colheita do milho e lavouras do algodão”, disse Celso.

Ondas de frio

A última madrugada apresentou temperaturas negativas no Sul do Brasil por causa de uma massa de ar polar. Em regiões de Serra, cidades como São Joaquim  e Urupema, em Santa Catarina, registraram – 6° C e -4 ° C, respectivamente.

“Embora a temperatura tenha sido bastante baixa, ela não atingiu área de culturas vulneráveis. O frio tem sido mais forte desde abril, mas olhando para frente, não teremos ondas de frio intenso acima do esperado. Existe uma massa de ar seco que aumenta o frio, indo até Brasília, mas a região com frio extremo se concentrará em poucas localidades em junho”, falou o meteorologista.

Segundo ele, isso significa que o milho está salvo das geadas, mas é preciso ficar atento às outras culturas que continuam no campo, como café, cana e laranja para novas ondas de frio em agosto.