A produção do cereal, no entanto, pode aumentar 18%, de 5,97 milhões de t em 2014 para 7,05 milhões de t este ano, graças ao crescimento de 24,6% na produtividade entre os dois períodos, de 2.165 kg/hectare para 2.697 kg/ha.
No Paraná, principal estado produtor de trigo do Brasil, há posicionamentos diferentes de região para região no que se refere à expectativa de área plantada. No geral, há previsão de redução de área, bem como produtividade e produção total. A diminuição de área é justificada pelas condições comerciais desfavoráveis, assim como, pela adequação do escalonamento das culturas, já que o trigo impacta no atraso do plantio da soja primeira safra.
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Em outro estado importante no cenário produtivo do trigo, o Rio Grande do Sul, também há indicativos de redução de área. No entanto, levando-se em consideração que na safra passada as perdas foram expressivas e impactaram na média da produtividade que ficou em 1.330 kg/ha, espera-se uma recuperação significativa nos índices de produtividade, mais próximo à média histórica dos últimos anos, alcançando 2.631 kg/ha.
A produção de trigo no Brasil Central concentra-se em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, em sua maioria é irrigado. As informações sobre a área de plantio de trigo em Minas Gerais ainda são pouco consistentes. Algumas áreas já foram plantadas desde março, porém o plantio não está concluído. A expectativa é de uma área de 68 mil hectares, a mesma área da safra anterior. Porém, a produtividade média e a produção devem superar 7,4 e 7,3%, respectivamente, em relação à safra 2013/2014.
O cenário é semelhante em Goiás, ou seja, a área de trigo é cultivada sob sistema de irrigação e tende a ser igual ou com pouca variação em relação à safra passada. Em São Paulo, técnicos e agricultores sinalizam com pequeno crescimento na área (1,6%), a depender da sinalização de fatores mercadológicos. A mesma análise serve para a produtividade e produção que deverá ter um pequeno aumento.
A intenção de plantio de trigo em Mato Grosso do Sul indica uma tendência de aumento da área cultivada em relação à safra passada em 8,3%, podendo atingir em torno de 13 mil hectares. Há certa indefinição no plantio em função do atraso no plantio do milho segunda safra que retardou o ciclo, e parte destas áreas poderão ser utilizadas para o plantio de trigo.
Por isso, não se pode considerar os números como absolutos, pois poderão sofrer algumas alterações até o final de maio. Nos próximos levantamentos será possível apresentar dados mais confiáveis acerca da produtividade e produção total estimada.
