– Mas vejo uma oportunidade de crescimento de vendas imediatas de suínos – afirmou.
Com relação ao mercado interno, a companhia está “positiva, mas cautelosa”, principalmente em recuperar volumes.
– Existe preocupação do governo em impulsionar o consumo, mas a população ainda está sensível ao preço. Temos bons indicativos de que a renda e o emprego no país continuam, mas o problema é que a atual renda da população está bem comprometida, o que atrapalha o avanço do consumo – explicou Fay.
Dentre as categorias de produtos que tiveram queda em volume no primeiro trimestre estão a cesta de perecíveis, como processados e congelados. Para tentar recuperar volumes no país, a BRF vai ficar reforçar a área de marketing, intensificar as inovações em produtos e embalagens e aumentar a base de clientes.
– O conhecimento do Abilio (Diniz, presidente do conselho, ex-presidente do Grupo Pão de Açúcar) na distribuição é interessante para companhia nesse momento – completou.
Grãos e custos
A BRF prevê um alívio dos custos de produção a partir do segundo semestre, com a continuidade da queda nos preços dos grãos.
– Mas se efetivamente existir problema na safra norte-americana será muito sério, porque vai ser o segundo ano consecutivo e aí as cotações não terão teto. Mas não acho que esse cenário ruim seja provável – afirmou Fay.
Com o alívio nos custos, a empresa afirma que recuperará os patamares de rentabilidade no mercado externo.