Estresse calórico prejudica produção de leite no Rio Grande do Sul

Cai qualidade das pastagens em algumas regiões, forçando produtores a complementar alimentação com silagem de milho e concentradosA qualidade das pastagens cultivadas em algumas bacias leiteiras do Rio Grande do Sul apresentou queda de qualidade nas últimas semanas, forçando os produtores a complementar a alimentação do rebanho com silagem de milho e concentrados, gerando estresse calórico e prejudicando a produção de leite no Estado. 

Segundo levantamento realizado pela Emater, alguns produtores gaúchos estão ofertando trigo de baixa qualidade obtido na safra passada nas rações, o que pode provocar alguns problemas de sanidade nos animais por conta das toxinas geradas pelo excesso de umidade do produto.

Além disso, as altas temperaturas no Rio Grande do Sul também estão prejudicando a produção de leite. Alguns locais próximos a comedouros, saleiros e pastagens não possuem bom sombreamento ou disponibilidade de água, afetando os animais.

Produção

O Rio Grande do Sul foi o segundo maior produtor de leite no País em 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com participação de 13,2%. Ele ficou atrás apenas de Minas Gerais, que atendeu por 27,2% do total.

O Paraná ficou em terceiro (12,7%), seguido por Goiás (11%). Por região, o Sudeste ocupou o primeiro lugar no ranking, com 35,1% da produção, seguido por Sul (34,4%), Centro-Oeste (14,6%), Nordeste (10,5%) e Norte (5,4%).

Em todo o País foi registrada uma produção de 34,4 bilhões de litros de leite no ano passado, um aumento de 6% em relação a 2012. O valor de produção foi de R$ 32,4 bilhões, alta de 21%, e preço médio por litro de R$ 0,95, alta de 14,1%. A produtividade média brasileira foi de 1.492 litros de leite/vaca/ano, um crescimento de 5,3%.