Internacional

Lácteos: Fonterra deixa de operar na Rússia; Danone permanece

A companhia de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, anunciou que vai deixar de operar na Rússia; a empresa francesa Danone vai ficar no país

A companhia de lácteos Fonterra, da Nova Zelândia, anunciou nesta semana que vai deixar de operar na Rússia. No fim de fevereiro, a empresa já tinha decidido suspender os embarques de produtos para o país.

“A primeira medida que tomamos após a invasão da Ucrânia pela Rússia foi estabelecer a segurança de nossa equipe na Rússia”, disse em comunicado o CEO da Fonterra, Miles Hurrell. “Em seguida, suspendemos o envio de produtos para a Rússia enquanto avaliávamos o impacto das sanções econômicas e discutíamos nossos planos de longo prazo com clientes e parceiros de joint venture.”

Segundo o executivo, após análise cuidadosa do impacto sobre os funcionários e os planos de longo prazo para o mercado russo, a Fonterra decidiu fechar seu escritório em Moscou, realocar funcionários onde for possível e se retirar da joint venture Unifood.

A Fonterra exporta um pequeno volume para a Rússia, principalmente de manteiga, que representa cerca de 1% das exportações anuais da companhia. “Tendo em vista a forte demanda atual por lácteos da Nova Zelândia, estamos confiantes em nossa capacidade de realocar esse produto para outros mercados”, disse Hurrell. A Nova Zelândia exporta manteiga para a Rússia há mais de 40 anos. A Fonterra entrou na joint venture Unifood em 2018.

Lácteos
Lácteos. Foto: Secex/Divulgação

Danone

Por outro lado, a empresa francesa do setor de laticínios Danone afirmou nesta quarta-feira (23) que vai manter sua produção local de produtos lácteos essenciais e nutrição infantil na Rússia.

A empresa francesa de alimentos disse que cessou as importações e exportações não essenciais para o país, bem como todos os investimentos, incluindo publicidade e promoções ao consumidor.

Também disse que não está recebendo dividendos ou lucros de seus negócios na Rússia e que quaisquer lucros obtidos localmente serão direcionados para ajuda humanitária na Ucrânia ou para apoiar refugiados ucranianos.

Segundo o memorando, a decisão de manter algumas atividades na Rússia foi tomada para apoiar os cidadãos que dependem de produtos e para salvaguardar os ativos da empresa no país.