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Suspensão do decreto que flexibiliza porte de arma será votada na próxima semana

Para parlamentares contrários à decisão de Jair Bolsonaro, o presidente 'extrapolou o poder regulamentar ao não observar o princípio da razoabilidade'

porte de arma - pistola
Foto: Pixabay

O Senado deve votar na terça, dia 18, sete projetos que suspendem o decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas no Brasil. A análise deve acontecer após a aprovação de um requerimento de urgência, apresentado nesta quarta-feira, dia 12, para a votação dos projetos de decreto legislativo.

Na quarta, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou e encaminhou os PDLs também em regime de urgência para o Plenário.

No entanto, os senadores concordaram em deixar a votação para a próxima semana, em respeito ao Regimento Interno a Casa, que estabelece a apreciação até a segunda sessão deliberativa ordinária após a aprovação do requerimento.

“Era interesse e intenção nossa, que somos partidários da revogação do decreto presidencial, que essa matéria fosse apreciada no dia de hoje (quarta), mas visto que não há acordo entre os líderes e como a única urgência que temos é da CCJ, compreendemos que a imposição regimental é essa matéria ser apreciada na próxima terça-feira. Solicito que este tema seja o primeiro a ser enfrentado pelo Plenário do Senado”, defendeu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do PDL 233 de 2019.

Defensor do decreto presidencial, o senador Major Olímpio (PSL–SP) também pediu que a matéria abra a ordem do dia. “Embora estejamos em trincheiras opostas, também não fazemos nenhuma ressalva. Por uma construção propositiva, que essa Casa se debruce e faça a votação, e que o Plenário possa fazer a definição maior pelo Senado. Também encareço em cumprimento ao Regimento Interno, e a um amplo acordo construído, para que seja a primeira pauta a ser debatida na próxima terça-feira”, afirmou.

Extrapolação

Para o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), o presidente da República “extrapolou o poder regulamentar”. “O decreto, ao não observar o princípio da razoabilidade, alterou profundamente o significado do Estatuto do Desarmamento, promovendo superlativamente a aquisição de armas de fogo pela população. O escopo da lei foi desarmar a população. O decreto extrapolou o poder regulamentar ao estabelecer a aquisição ilimitada de armas por uma mesma pessoa”, disse.

Além de Randolfe Rodrigues, os PDLs aprovados pela comissão são assinados pelos senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA), Fabiano Contarato (Rede-ES), Humberto Costa (PT-PE), Jaques Wagner (PT-BA), Jean Paul Prates (PT-RN), Paulo Paim (PT-RS), Paulo Rocha (PT-PA), Rogério Carvalho (PT-SE) e Zenaide Maia (Pros-RN).

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