Direto ao Ponto

Redes sociais mudaram a forma como a política é feita no Brasil, avalia Hummel

Para diretor do Instituto Pensar Agro, a distância entre sociedade e políticos foi estreitada, e isso vai se refletir na forma de governar

As redes sociais vão influenciar na forma como é feita a política daqui para frente, o que pode ser mais positivo para o cidadão brasileiro, avalia o diretor executivo do Instituto Pensar Agro, João Henrique Hummel. Em entrevista ao Direto ao Ponto, ele afirma que a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência é reflexo da mudança na comunicação entre sociedade e candidatos.

O dirigente destaca que a forma de governar também deve ser diferente em função disso. “Acredito que as grandes discussões vão ocorrer nas redes sociais. Para a sociedade vai ser muito bom, o embate nas redes vai gerar muita informação e conhecimento”, diz.

Neste cenário, o dirigente destaca que a sociedade terá o desafio de preparar-se e abastecer os parlamentares com informações sobre os temas de interesse. “Estávamos acostumados à política por decreto e medida provisória. Agora, ele vai ter que conversar com a sociedade, e ela vai ter que entender do tema para se manifestar. Tenho medo do que está a frente, mas acho que vai ser bom”, avaliou.

Segundo Hummel, o governo Bolsonaro veio de um anseio da sociedade, que “deseja algo novo, que resolva problemas imediatos da população”, defende. O diretor acredita que o novo presidente está pronto para as mudanças.

Agro no Congresso

Ele também rebateu a análise de que a Frente Parlamentar da Agropecuária perdeu forças com as eleições em função da derrota de alguns membros nas urnas. “O último Censo colocou que só 7% da população é do campo. Proporcionalmente, se tivesse que colocar parlamentares de representatividade, teríamos só 7% do Congresso, ou seja, 35 parlamentares. Se tenho 200 é porque há trabalho de comunicação”, declara.

Hummel defende que há pautas sendo defendidas que trazem benefício para a sociedade como um todo. “Temos que nos juntar para encontrar soluções. Caiu para 100 parlamentares, mas tem outros 240 que podem entrar”, finaliza.