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China projeta expansão econômica; saiba como isso impacta no agro brasileiro

Miguel Daoud faz uma análise sobre o potencial  de consumo que deve ser gerado pelos asiáticos nos próximos anos

Durante congresso do partido comunista chinês, o premier anunciou que a meta de crescimento econômico anual do país é acima de 6%. Isso enquanto há recuperação das perdas provocadas pela pandemia do novo coronavírus.

No ano passado, a China foi um dos únicos países a registrar crescimento. Com alta de 2,3% PIB, após a paralisação quase total da economia para o combate à Covid-19.

Vale lembrar que, há mais de dez anos, os chineses são os principais parceiros comerciais do Brasil. Só no ano passado, 32,3% por cento do total das exportações brasileiras foram para o país asiático.

Para o comentarista Miguel Daoud, existem diversos fatores positivos e outros negativos com essa perspectiva de crescimento da China. “Como positivo, a China diz que vai voltar parte da economia para o mercado interno, o que vai gerar 11 milhões de empregos. Eles pretendem investir muito em tecnologia para agregar valor ao que produzem. Vai tentar integrar, na questão de tecnologia, Hong Kong. Com tudo isso, defendemos o seguinte: a China vai dar mais importância para tecnologia. O setor de suínos está todo tecnificado, ela vai demandar muita ração, que virá do Brasil”, disse.

Segundo ele, nosso país está preparado para atender este mercado. “Os Chineses aproveitam o valor do Câmbio e temos uma grande oportunidade. Nessa equação, tem os EUA. Provavelmente eles vão aumentar a taxa de juros, e isso fará o dólar se valorizar e isso é bom para o Brasil, no quesito de competitividade com os EUA. Temos muita chance de ser o grande exportador para a China”, finalizou.