Agronegócio

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a semana

Preços firmes do boi gordo, alta do dólar no exterior e efeitos do clima na safra de soja e milho dos EUA estão entre os assuntos do dia nesta segunda-feira

  • Aumento do número de casos de coronavírus nos EUA e China gera pessimismo e dólar sobe no exterior
  • Milho opera em queda na bolsa de Chicago de olho nos impactos do clima na safra norte-americana
  • Soja começa semana com investidores monitorando novas vendas para China e à espera dos dados de condições das lavouras americanas, que serão divulgados hoje
  • Cotações do café seguem em baixa em Nova York com avanço da safra brasileira
  • Oferta restrita de gado e escalas curtas de abate mantêm preços do boi gordo firmes

Agenda:

  • Ministério da Economia divulga balança comercial das duas primeiras semanas de junho
  • USDA divulga condições das lavouras americanas e inspeção de exportação semanal
  • Plano Safra 2020/2021 deve ser divulgado na quarta-feira

Aumento do número de casos de coronavírus nos EUA e China gera pessimismo e dólar sobe no exterior

Notícias de aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos e agora também na China estão sendo vistas de maneira negativa pelos mercados na abertura da semana. Com isso, as bolsas europeias e os futuros das bolsas americanas recuam, enquanto o dólar avança. As moedas pares do real operavam às 7h25 (horário de Brasília) em desvalorização média de 0,9%, sinalizando abertura ruim para a moeda brasileira. A saída do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, divulgada pela imprensa brasileira ontem, mas ainda não confirmada oficialmente, pode trazer volatilidade adicional, pois o secretário é muito bem avaliado pelo mercado em seu compromisso com o ajuste fiscal em curso no país.

Milho opera em queda na Bolsa de Chicago de olho nos impactos do clima na safra norte-americana

No exterior, o milho era negociado em queda por volta das 7h34. De acordo com informações da Agência Safras, os preços em Chicago não apresentam força de reação com o mercado mais tranquilizado, em virtude de previsão de chuvas para a última semana de junho no Meio-Oeste americano. No Brasil, também de acordo com a Safras, a colheita da segunda safra brasileira está atrasada, porém, a produção deve surpreender positivamente pressionando as cotações no mercado físico. Além disso, o mercado doméstico também monitora recente valorização do dólar, que pode dar sustentação aos preços em reais.

Soja começa semana com investidores monitorando vendas para China e à espera dos dados de condições das lavouras americanas 

Em Chicago, os preços da soja estavam negociando em queda às 7h43 em praticamente todos os vencimentos. Assim como no caso do milho, o mercado está reagindo a melhores previsões para o clima nos EUA. Para hoje, a Agência Safras informa que os investidores focam em sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana, condições das lavouras americanas e evolução das lavouras da nova safra nos EUA. De acordo com a Agrifatto, apesar da redução da demanda, a soja brasileira segue competitiva em comparação com a americana, projetando bons volumes embarcados neste mês.

Cotações do café seguem em baixa em Nova York com avanço da safra brasileira

Segundo o Estadão Conteúdo, o clima continua favorável à colheita da safra brasileira com projeção de recorde, contribuindo para pressionar os preços. Ainda de acordo com a agência, os produtores brasileiros estão concentrados na colheita, pois muitos já executaram as vendas antecipadas de uma parcela da produção, estando, portanto, afastados do mercado neste momento.

Oferta restrita de gado e escalas curtas de abate mantêm preços do boi gordo firmes

O mercado físico brasileiro segue em tendência de alta, de acordo com Estadão Conteúdo. Com o pecuarista tendo pouco gado a ofertar e os frigoríficos observando escalas curtas de abate, os preços são pressionados para cima. Segundo informações da Scot Consultoria, a relação entre o preço do milho e o da arroba traz boas notícias para o setor de confinamento. A Scot alerta que, mesmo com o valor da relação ainda sendo 24,1% acima do mesmo período do ano passado, o poder de compra do produtor ante o insumo ficou 9,1% melhor em relação à semana passada.