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‘Com baixos estoques de milho, 1° semestre de 2021 será de escassez no Brasil’

De acordo com o analista Marcos Araújo, os principais segmentos consumidores do cereal estão operando com margem positiva, o que contribui para o cenário

O indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para o milho renovou o recorde histórico pelo terceiro dia consecutivo e engatou a décima alta seguida. A saca está sendo negociada a R$ 64.

Além disso, os principais segmentos consumidores do cereal no Brasil estão operando com margem positiva, de acordo com levantamento da Agrinvest Commodities, o que favorece a demanda do grão na avicultura, suinocultura e etanol. Para o analista de mercado Marcos Araújo, o primeiro semestre de 2021 será marcado pela escassez de milho no mercado nacional.

“Estamos nos preparando para um cenário de crise de escassez de milho no decorrer do primeiro semestre do próximo ano. Essa crise se deve principalmente em função do tamanho da safra de milho verão, uma vez que as áreas no Sul e Sudeste foram migradas para o plantio da soja. Além disso, o aumento na demanda interna, problemas climáticos e riscos na produção da Argentina podem contribuir com essa falta do cereal, o que impacta também nos preços”, explica o analista.