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Daoud: Acordos fechados em Washington não favorecem Brasil de imediato

Encontro entre Jair Bolsonaro e Donald Trump resultou em três pactos que afetam o agronegócio, envolvendo trigo e carnes

Após reunião entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, o governo dos Estados Unidos divulgou comunicado com o resultado do encontro. Para o agronegócio, foram firmados acordos para o trigo e o setor de carnes. Na declaração conjunta divulgada pela Casa Branca, Bolsonaro anunciou que fica autorizada a entrada de 750 mil toneladas de trigo americano sem taxas. Já os EUA concordaram em agendar uma visita técnica do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do Departamento de Agricultura americano para auditar o sistema de inspeção de carne bovina brasileiro, o que pode permitir a retomada das exportações brasileiras. Os dois países também concordaram com condições científicas para permitir a importação de carne suína dos EUA.

Além disso, os EUA se comprometeram a apoiar a candidatura do Brasil a membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que agrupa países desenvolvidos. Em troca, o governo brasileiro concordou em “começar a renunciar” ao tratamento diferenciado dado pela Organização Mundial do Comércio aos países em desenvolvimento.

Miguel Daoud analisa os acordos entre Bolsonaro e Trump, afirmando que eles não favorecem o Brasil de imediato.