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Daoud: 'Renda Brasil virá com aumento de imposto e deve afetar o agro'

De acordo com o comentarista, novo auxílio só será viável com recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)

No Congresso Nacional, cresce o apoio à extensão do auxílio emergencial. Parlamentares esperam que após a última parcela de R$ 600 em setembro, o benefício continue com valores menores, entre R$ 250 e R$ 300. O objetivo é mantê-lo até que o programa da renda mínima que o governo implementará para substituir o Bolsa Família, chamado de Renda Brasil, entre em vigor.

De acordo com o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, o ministro da Economia, Paulo Guedes, conversou com o senador Marcio Bittar (MDB-AC), que está encarregado do auxílio, e eles concordaram em estender o benefício.

No entanto, Daoud alerta que para bancar o Renda Brasil em 2021 sem comprometer o Orçamento da União, Guedes e Bittar negociaram recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). “No frigir dos ovos, o que estão dizendo é: faremos tudo isso, mas teremos o aumento de impostos”, diz.

O comentarista afirma que a cadeia do agronegócio será impactada fortemente pela medida.