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Dauod: 'Bolsonaro deve sancionar socorro a estados e municípios'

O comentarista Miguel Daoud falou ainda sobre a manifestação deste fim de semana e das intenções do presidente em relação a pandemia do coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo, 17, de um ato pró-governo em frente ao Palácio do Planalto em Brasília. Onze ministros estiveram presentes, entre eles, a ministra da agricultura, Tereza Cristina. Da rampa do Palácio do Planalto, o presidente cantou o hino nacional e fez uma transmissão do ato em suas redes sociais

O comentarista do Canal Rural, Miguel Daoud, falou a respeito da manifestação e sobre as intenções do presidente em relação a pandemia do coronavírus. “Sobre a manifestação deste domingo, convém lembrar que o presidente faria uma declaração em rede social para falar a respeito da quarentena após as repercussões negativas da demissão do ministro da Saúde e ele resolveu não fazer a declaração no final das contas”.

Durante o ato, o presidente conversou com manifestantes e pediu para que não usassem faixas criticando o Supremo Tribunal Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Câmara dos Deputados. De acordo com Daoud, foi uma manifestação tranquila, apesar das intenções atuais do presidente de flexibilizar a quarentena no Brasil e fixar a cloroquina como tratamento inicial em pessoas contaminadas pela Covid-19, algo que tem gerado muitos embates no mundo político.

“Nesta quinta-feira, 21, vence o prazo que o presidente Jair Bolsonaro tem para sancionar, com ou sem vetos, o projeto de lei complementar que estabelece socorro aos estados e municípios, por conta da pandemia de coronavírus e o adiamento do pagamento das dívidas de estados e municípios com União, visto que a economia do país está muito comprometida no cenário atual. Enquanto essa aprovação não acontece, Bolsonaro tenta convencer o ministro da Economia, Paulo Guedes, a não aprovar vetos que impactem no salário de funcionários municipais e estaduais”, comenta Miguel.

De acordo com Daoud, o presidente garante que Paulo Guedes é o “homem que decide a economia no Brasil”, mas mesmo assim, tenta convencer o ministro a aplicar os vetos de forma intermediária, visto que o ministro é relutante na aprovação dessas medidas da forma que foram apresentadas, que segundo ele, devem impactar negativamente o mercado financeiro, que neste momento tem uma postura otimista.