Os preços do café arábica em Nova York (EUA) encerraram a negociação de quarta-feira (24) com alta de quase 5% (em comparação ao dia anterior). O contrato para dezembro, por exemplo, fechou a US$ 2,39 por libra-peso.
Analista de mercado, Haroldo Bonfá credita a aceleração dos valores do produto e o consequentemente temor por parte dos compradores às recentes condições climáticas enfrentadas em áreas produtoras de café no Brasil.
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“Secas prolongadas e que foram seguidas por geada” — Haroldo Bonfá
“O que tem assustado demais: as secas prolongadas e que foram seguidas por geada. E isso afetou a qualidade do cafeeiro”, afirmou o especialista ao participar da edição desta quinta-feira (25) do telejornal ‘Mercado & Companhia’. “Com isso, o pessoal ficou apavorado com a safra 23”, observou.
Bonfá destacou, contudo, que a qualidade da atual safra não foi prejudicada em termos de qualidade. De acordo com ele, os compradores validaram como “muito boa” a produção que foi colhida recentemente — mas com volume um pouco menor do que era esperado.
Mercado interno também “apavorado” com o preço do café
O analista afirmou, ainda, que a alta dos preços do café arábica também “apavorou” o mercado interno. Mas, por aqui, o susto foi no bom sentido. “Todo mundo queria travar [a negociação] a preços mais altos”, disse. “Saímos do nível de US$ 2,20 e agora estamos falando em US$ 2,40 e tem gente já falando em US$ 2,45 em Nova York para dezembro”, continuou o entrevistado do telejornal do Canal Rural.
Com a expectativa de sequência da elevação dos preços do café arábica. Haroldo Bonfá aconselhou os cafeicultores brasileiros. “Temos falado para ‘travar’ só quando tiver um número muito confortável em termos de lucratividade e, com isso, essas oportunidades estão ocorrendo”, disse, antes de alertar: é preciso se preocupar com os compromissos previamente assumidos.
