Mercado e Cia

Milho: USDA projeta produção recorde nos Estados Unidos, diz Agrinvest

Estimativa do órgão americano para a colheita do cereal no país passou de 381 milhões de toneladas em julho para 388,06 milhões agora, acima das expectativas de analistas

O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) registrou expectativas para a produção da safra americana 2020/2021 acima do projetado por analistas. A estimativa do USDA para a produção de milho nos EUA passou de 381 milhões de toneladas em julho, para 388,06 milhões agora em agosto. O mercado apostava em uma produção de 385,42 milhões de toneladas.

De acordo com o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest, os valores representam um recorde histórico para a produtividade de milho, em virtude da maior produção da história nos EUA.

Porém, de acordo com o USDA, as projeções contidas nos relatórios são referentes às condições apresentadas até 1º de agosto. Ou seja, não houve tempo para avaliar impactos climáticos ocorridos após esta data, como as tempestades que destruíram lavouras em regiões produtoras nos últimos dias. Isso ajuda a explicar por que o mercado de milho em Chicago reagiu com leve alta após a divulgação do relatório que poderia trazer uma pressão baixista.

Em relação à área plantada na temporada 2020/2021, a estimativa do USDA foi mantida em 37,2 milhões de hectares.

Brasil e Argentina

Com relação à safra brasileira de milho, o  relatório de agosto da entidade americana trouxe números diferentes dos estimados no Brasil. O USDA estima que o Brasil colheu 101 milhões de toneladas de milho, mesmo volume do levantamento anterior. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma produção de 102,1 milhões de toneladas na temporada 2019/2020, enquanto o IBGE apontou um total de 99,8 milhões de toneladas.

A safra do cereal argentino 2019/2020 teve sua estimativas mantida em 50 milhões de toneladas, respectivamente. Para a temporada 2020/2021, os números para os dois países também foram mantidos, em 107 milhões de toneladas no Brasil e 50 milhões de toneladas, na Argentina.

Estoques e uso para etanol

Em relação aos estoques finais, o USDA projetou aumento de 67,26 milhões de toneladas em julho, para 70 milhões de toneladas em agosto. A projeção de uso de milho para a fabricação de etanol foi mantida em 132,08 milhões de toneladas.