MERCADO

Produção robusta da 2ª safra de milho deverá afetar preços e armazenagem, diz analista

São esperadas cerca de 103 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 2% em relação à safra anterior

Com o bom desenvolvimento das lavouras de milho segunda safra, os números apontam para uma maior produção na Safra 22/23. Dessa forma, são esperadas cerca de 103 milhões de toneladas, um aumento de 2% em relação ao período anterior. Ao Mercado & Companhia, o analista de inteligência de mercado da Stonex, João Pedro Lopes, explicou o atual cenário.

“A gente observou ao longo das últimas semanas e meses um bom desenvolvimento da segunda safra, principalmente no Mato Grosso, que foi onde a gente fez a revisão dessa última estimativa”, disse Lopes. De acordo com o analista, esse desempenho positivo impulsionou a safrinha para 102,9 milhões de toneladas.

Porém, a produção robusta de estoques poderá ocasionar queda nos preços e problemas de armazenagem, estima ele.

Efeito El Niño

Segundo o especialista, os efeitos do El Niño serão sentidos entre o final de julho e agosto, período em que a safra já terá sido “bem colhida” no Brasil. Ou seja, podem haver impactos, mas de forma mais indireta.

“Afetará principalmente a safra dos EUA. O desenvolvimento lá, em julho e agosto, deve ser impactado. Esse fenômeno também deve trazer mais umidade ao país”, contou. Para Lopes, o clima úmido irá beneficiar a safra de milho em território norte-americano.

“Teremos uma safra mais volumosa no Brasil e nos EUA, então é um cenário de oferta abundante”.

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