O dólar fechou o último dia útil de março com recuo de 0,57%, negociado a R$ 4,75. As perdas em março foram de 7,70%. No primeiro trimestre deste ano, a moeda norte-americana acumulou queda de 14,63%, a maior baixa frente ao real desde 2009 para o período.
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O professor do curso de Economia da Fundação Álvares Penteado, Paulo Dutra explica o porquê da queda no dólar e fala dos aspectos positivos para o Brasil diante do cenário.
“O primeiro fator é o aumento da taxa de juros. Isso aumentou o investimento estrangeiro no país, e, com a taxa de juros maior em relação a outros países, há uma atratividade natural para do dinheiro que está flutuando no exterior para o mercado nacional”.
Ainda na avaliação de Dutra, a moeda brasileira seguirá com vantagem sobre o dólar pelos próximos dois meses.
“Isso se deve ao conflito Rússia e Ucrânia. Como continuamos ofertando proteínas animais e vegetais ao mundo, essa demanda não vai diminuir. O que podemos afirmar é que se houver algum avanço da Covid-19 e novas restrições, o real volta a se desvalorizar”, destaca.