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‘Maior participação de bancos no Plano Safra pode desburocratizar o crédito’

Segundo o analista jurídico Ricardo Alfonsin, também pode haver uma diminuição na venda casada na hora de contratação dos financiamentos

A Comissão de Agricultura da Câmara concluiu nesta sexta-feira, 16, o segundo dia do seminário sobre as mudanças do crédito para o agronegócio brasileiro. Participaram do evento representantes de bancos, que apresentaram suas formas de negociação para o plano safra, assim como líderes do setor produtivo.

Na avaliação de Carlos Aguiar neto, diretor de agronegócios do Santander, o volume do Plano Safra para 2021/22 é robusto. No entanto, ele chama a atenção para os recursos do seguro rural.

“Seria importante ter um reforço na parte de seguro, principalmente na parte do subsídio. É preciso que esse dispositivo tenha tanta importância no Brasil como tem nos Estados Unidos. Isso melhoraria a volatilidade da questão climática que é uma questão natural no business do agro”.

Já Luiz Renato Goncalves de lima, representante da diretoria de crédito rural do Bradesco, disse que a instituição pretende reforçar o atendimento para o agronegócio neste ano.

“Temos um projeto para transformar até mil agências especializadas em atendimento ao agro, principalmente nos municípios que mais se destacam no PIB agrícola agora no segundo semestre”, destaca.

Para o analista jurídico, Ricardo Alfonsin, enquanto dispositivos como Fiagro não estão disponíveis aos produtores, a solução para financiar a safra, com o crédito rural oficial. Por outro lado, Alfonsin diz que a maior participação de bancos no Plano Safra desta temporada é um fator positivo.

“Neste Plano Safra foram inseridos cinco bancos para ofertar o crédito. Com essa democratização poderemos ter uma redução de questões como venda casada em financiamentos. A expectativa é de desburocratização de contratos. Isso deve melhorar com maior oferta de bancos, pois teremos uma ampla competição”, ressalta.