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Minibezerro de 10 kg vira mascote em fazenda

Com dez quilos e o tamanho de um cachorro médio, o bezerrinho precisou da ajuda da família para sobreviver nos primeiros dias

O nascimento de minibezerro vem intrigando pecuaristas e veterinários em Indaiatuba, no interior de São Paulo. O animal, que tem o tamanho de um cachorro, é pelo menos três vezes menor que os outros bezerros do rebanho e ganhou o nome de Chapecó, em homenagem ao time do Chapecoense, vítima de um acidente aéreo no mesmo dia em que o animal nasceu: 29 de novembro.

Segundo os criadores da vaca Mansinha, mãe de Chapecó, ela ficou prenhe pela primeira vez no início de 2016 e a gestação durou os nove meses, com um período de alimentação comum no sistema semi-intensivo, pasto e volumoso. A surpresa veio no dia seguinte ao parto, quando o pecuarista Edson José dá Silva, se deu conta que tinha algo diferente.

Com dez quilos e o tamanho de um cachorro médio, o bezerrinho precisou da ajuda da família para sobreviver. “Eu ajudei durante quatro dias, pois ele era muito pequenininho e não alcançava o teto da mãe. Eu o segurava pra ele alcançar o teto”, disse.

Após esse primeiro período complicado, Chapecó virou mascote de toda a família e os filhos de Edson, Felipe e Ana Júlia, disputam o carinho do novo xodó. “Eu amei o tamanho dele e eu sempre subo aqui com o meu pai para tratar o gado e brincar com ele. O Chapecó é bonitinho, pequenininho e fofinho”, disse Ana Júlia da Silva.

Causas

Como a família ainda não havia investigado o caso do bezerrinho, a equipe do Canal Rural convidou uma médica veterinária, especialista em grandes animais, para conhecer o Chapecó. O caso é tão raro que Roberta Sargo, formada há quase dez anos, se surpreendeu. “Eu nunca tinha visto um bezerro tão pequenininho. Existem vários relatos de bezerros do tamanho, o que ocorre, normalmente, por um uma deficiência nutricional da mãe, que precisa de uma alimentação com 14% de proteína bruta no terço final”, disse.

O peso e o tamanho anormais podem estar associados também a outras doenças da mãe, transferidas ao bezerro na gestação, como brucelose, leptospirose, neospora, rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) e diarréia viral bovina (BVD), que são doenças que podem causar até aborto, segundo a veterinária. “O ideal é que sejam realizados exames laboratoriais pra que a gente possa fechar um diagnóstico, saber se ela é oriunda de doenças infecciosas ou apenas de deficiência nutricional.”

Após os exames, tudo indica que o minibezerro vai se desenvolver forte e saudável. O futuro dele, no entanto, deve ser diferente dos outros animais. “Ele não vai para o abate e vai ficar de mascote aqui no sítio. Se ele pular, vai ficar junto com os tourinhos do rodeio e será o mascote do plantel”, disse Edson.

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