Senadores discutem valorização da floresta preservada em debate sobre o Código Florestal

Para o senador Eduardo Braga, o país já conta com tecnologias para exploração sustentável de florestasA recomposição de área de reserva legal visando à exploração sustentável da floresta preservada para aumentar a renda dos agricultores é um dos aspectos destacados pelos senadores que participam nesta terça, dia 27, de debate sobre a reforma do Código Florestal, aberto nesta manhã pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

Para Eduardo Braga (PMDB-AM), o país já conta com tecnologias para exploração sustentável de florestas, que devem ser adotadas em especial em áreas de baixa aptidão agrícola. O senador pelo Amazonas citou emendas que está apresentando ao projeto de reforma do código florestal (PLC 30/2011) prevendo fontes de financiamento para remunerar agricultores que mantém áreas florestadas, a título de pagamento por serviços ambientais.

Também os senadores Blairo Maggi (PR-MT) e Waldemir Moka (PMDB-MS) manifestaram preocupação com a necessidade de alocação de recursos para financiar a recuperação de áreas desmatadas. No mesmo sentido, a senadora Ana Amélia (PP-RS) alertou para o custo de recomposição do passivo florestal no país. Essa também é preocupação de Rollemberg, que defende a redução de impostos e outras formas de incentivos para os agricultores.

Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do projeto nas comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA), e Jorge Viana (PT-AC), relator na Comissão de Meio Ambiente (CMA), destacaram a importância de o projeto ser reformulado no Senado para prever mecanismos práticos que incentivem a recomposição de áreas protegidas. A aplicabilidade do novo código foi também defendida pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).