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Soja: relação de troca com cloreto de potássio é a 2ª melhor da década

Segundo o Cepea, em Sorriso (MT), a tonelada do fertilizante equivale a 19,8 sacas de 60 quilos. Em Cascavel (PR), cai para 18,7 sacas

A desvalorização do real frente ao dólar vem favorecendo a soja brasileira. Com isso, segundo o pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o poder de compra do produtor melhorou se comparado ao ano anterior. A relação de troca entre a tonelada de cloreto de potássio e a saca de 60 quilos da oleaginosa em junho de 2020, por exemplo, foi a segunda melhor da década.

Em Sorriso (MT), por exemplo, foram necessárias 19,8 sacas para comprar uma tonelada de cloreto de potássio. No ano passado, eram necessárias 31,5 sacas. Nos últimos 10 anos, a situação só foi mais favorável ao sojicultor em junho de 2016, quando eram precisas 15,4 sacas.

Já em Cascavel (PR), a tonelada de cloreto de potássio equivalia a 18,7 sacas de soja. Em junho de 2019, o número era de 26,8 sacas. No mesmo período de 2016, o produtor precisava de 15,6 sacas.

soja cloreto de potássio

De acordo com Osaki, os preços do insumo vêm se mantendo estáveis nos últimos três meses, sofrendo pequenas variações. Sorriso (MT), em junho, registrou negócios entre R$ 1.700 e R$ 1.800 por tonelada.

“Boa parte dos produtores já fechou a negociação. Cerca de 80% dos insumos para a próxima safra já foram comprados. Em Sorriso, que historicamente avança bastante, deve ter menos de 10% a ser negociado”, pontua.

O pesquisador afirma, ainda, que a pandemia de Covid-19 não tem prejudicado a logística de entrega dos fertilizantes até agora. O aumento dos casos no Centro-Oeste acende um alerta, mas produtores estão tomando as medidas necessárias.