La Niña: diversas áreas do Brasil terão chuvas acima da média, diz IRI Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Tempo

La Niña: diversas áreas do Brasil terão chuvas acima da média, diz instituto dos EUA; veja quais são

Mais recente atualização de entidade ligada à Universidade de Colúmbia ainda aponta precipitações irregulares na região Sul

chuva
Foto: Pixabay

Embora o fenômeno La Niña deva prosseguir até pelo menos o mês de abril, seus efeitos na atmosfera serão vistos até meados de 2021, especialmente na região Norte. De acordo com a mais recente atualização do Instituto de Pesquisas Internacionais para o Clima e Sociedade (IRI), da Universidade de Colúmbia (EUA), o trimestre janeiro-fevereiro-março trará chuva acima da média para boa parte da região Norte, costa do Sudeste, Pantanal de Mato Grosso do Sul e na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Apesar disso, a precipitação não será frequente durante todos os três meses, sobretudo no Sul, onde não será capaz de aumentar o nível dos reservatórios. O efeito do La Niña acaba compensado pela formação de alguns bloqueios atmosféricos no Pacífico Sul e frentes frias fortalecidas pela água mais quente na costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Mesmo com La Niña, Nordeste terá chuva abaixo da média no 1º trimestre, diz IRI

Por outro lado, o interior de São Paulo, boa parte do Paraná, sul de Mato Grosso do Sul, norte de Santa Catarina e oeste da região Sul vão sentir os efeitos clássicos do La Niña, com precipitação abaixo da média histórica. Outra área que chama a atenção pela chuva abaixo da média é o Nordeste, região que normalmente recebe chuva mais intensa em períodos de La Niña.

“A questão é que, para chover forte no Nordeste, há necessidade de uma combinação de temperaturas dos oceanos Pacífico e Atlântico. Apesar do Pacífico intensificar a Zona de Convergência Intertropical, responsável pela chuva em parte do Nordeste, a temperatura da água do Atlântico na costa norte do Nordeste não ficará elevada o suficiente para atrair o sistema para o continente”, explica Celso Oliveira da Somar. O resultado é que a chuva será intensa apenas sobre o oceano e fará com que o Nordeste tenha um trimestre mais seco que o normal.

Boa parte do Sudeste e do Centro-Oeste terá chuva mais próxima da média histórica entre janeiro e março. A temperatura permanecerá próxima da média na maior parte do Brasil. O calor acima do normal será visto no oeste e sul do Rio Grande do Sul, região Centro- Oeste e estados como Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Pará. Por outro lado, o verão mais chuvoso que o normal deixará o calor menos intenso no Amazonas e em Roraima.

Segundo trimestre

Entre abril e junho, ainda há previsão de chuva abaixo da média em boa parte da região Sul, oeste e sul de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Zona da Mata de Minas Gerais, Nordeste, Tocantins, Pará e Amapá.

O fenômeno La Niña deixará o outono mais úmido que o normal em Mato Grosso, oeste e norte de Minas Gerais, Goiás, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. Fica a dúvida se a compensação será suficiente para o contemplar todo o ciclo da segunda safra de grãos do Centro-Oeste, já que o plantio da primeira safra aconteceu de forma muito tardia.

O outono fará a transição entre o verão com La Niña e o inverno neutro. Assim, serão vistos alguns efeitos típicos da neutralidade, especialmente em maio, com queda acentuada de temperatura em todo o Centro-Sul e o aparecimento das primeiras geadas mais amplas.

Sair da versão mobile