Rio Grande do Sul

Leite: preço pago pelo litro no RS segue abaixo da média Brasil

Com mais uma estiagem no estado e custos maiores, produtores tentam se reinventar para não abandonar a atividade

O preço pago pelo litro do leite do Rio Grande do Sul segue abaixo da média Brasil. Segundo o último levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), referente a março, o litro nas propriedades gaúchas saiu por R$ 2,71, cerca de 10 centavos a menos que a média no país

Com mais uma estiagem no estado e custos maiores, produtores tentam se reinventar para não abandonar a atividade.

Menor número de produtores de leite no estado

Vacas leiteiras são cada vez menos comuns no Rio Grande do Sul. Entre 2015 e 2021, metade dos produtores desistiu da atividade. Segundo a Emater, atualmente o estado conta com 40 mil produtores de leite, mas o novo levantamento que sai em agosto deve mostrar um recuo ainda maior, depois de três estiagens.

Com seca e temperaturas altas, o estresse térmico causou mais doenças nas vacas e queda de produtividade. Um levantamento da Secretaria da Agricultura mostra que os maiores impactos estão nas bacias leiteiras do noroeste gaúcho. Mas há reflexos em todo estado.

A primeira safra de silagem não rendeu e para alimentar as 25 vacas de Juliana Löff, de 27 anos e da terceira geração de uma família de produtores de leite. Ela precisou investir R$ 70 mil na propriedade em Salvador do Sul, na Serra Gaúcha. Também investiu em um galpão de confinamento para diminuir as doenças e aumentar a produção. Tudo é custo e pesa no rendimento final.

Esse cenário de dificuldades deve estar entre os assuntos discutidos durante a Fenasul Expoleite, que vai reunir o setor entre 17 e 21 de maio, no parque da Expointer, em Esteio. O evento lançado nesta quarta-feira (3) também deve apresentar tecnologias, genética e debater soluções como uma competição mais justa com importações e outros estados.

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