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Algodão: tendência é de preço alto e estoque apertado, diz StoneX

Segundo especialista, diversos fatores colaboram com a perspectiva de que as cotações não devem ceder no curto e médio prazo, como o dólar e a demanda aquecida

A tendência para o preço do algodão é de firmeza ou até alta, segundo o especialista em algodão Pery Pedro, da StoneX. Segundo ele, a perspectiva se sustenta no dólar valorizado sobre o real, nas cotações internacionais e nos problemas nas safras dos Estados Unidos, que sofre um pouco com o clima, e do Brasil, que foi cultivada mais tardiamente. Isso vale para o curto e médio prazo, diz.

A demanda aquecida, tanto no mercado interno quanto para exportação, também sugere tendência de alta para o algodão. Pery lembra que as principais economias do mundo disponibilizaram pacotes de incentivo nunca antes vistos. Dessa forma, o consumo deve seguir forte.

De olho nos estoques, o analista diz que os deste ano não devem ser muito problemáticos. Em junho de 2020, o Brasil tinha 470 mil toneladas guardadas. Para junho deste ano, a StoneX projeta 380 mil toneladas. O problema mesmo deve acontecer em junho de 2022, quando os estoques devem estar em 150 mil toneladas.

“Vai ficar apertado de julho deste ano até a entrada da safra de 2022. O produtor e o consumidor precisam ficar de olho nesses movimentos”, diz.