Mercado e Cia

Moderfrota: secretário não vê necessidade de injetar mais recursos

De acordo com Eduardo Sampaio, da pasta de Política Agrícola, governo vai priorizar linhas que não são bem atendidas pelo mercado privado

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, afirma que não vê necessidade em injetar mais recursos no Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota), na safra 2019/2020. “Dentre todas as linhas de investimento, é a única que ainda tem um montante considerável. Não tenho certeza se dá até o fim, mas é suficiente para andar muito nesta safra”, diz.

Sampaio conta que o governo alocou menos recursos nessa linha por um único motivo: quantidade escassa de recursos. Assim, foram priorizadas as linhas que o mercado privado tem mais dificuldade de atender, como o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC). “São investimentos com prazos e carência muito longos”.

“O setor privado tem mais facilidade para os negócios de curto prazo, como o custeio para compra de fertilizantes, produtos fitossanitários e o capital de giro para a safra. Se tiver que fazer outra escolha difícil, vamos optar pelo investimento”, acrescenta, ao ser questionado se o governo deve preterir custeio a investimento.

Apesar de a taxa básica de juros da economia estar no patamar recorde, Sampaio diz que a demanda por crédito rural controlado é altíssima e os recursos estão acabando em fevereiro. “O mercado ainda não tem condição de disponibilizar recursos para investimentos de longo prazo”, explica.