Alta do dólar impulsiona venda de milho para outros países | Canal Rural Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Alta do dólar impulsiona venda de milho para outros países

Grão foi o principal destaque da balança comercial

As exportações de milho foram destaque no resultado da balança comercial brasileira nos primeiros sete meses de 2015. O grão se beneficiou diretamente da alta do dólar e, ao contrário das outras commodities, apresentou altas em receita e volume nos embarques. A quantidade de milho embarcado para o exterior em setembro foi 28,8% maior que o registrado no mesmo mês de 2014. No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, os embarques do grão foram 11,3% maiores em comparação com os nove primeiros meses do ano passado.

– Por causa dos preços mais baixos das commodities agrícolas no mercado internacional, o crescimento na receita com as vendas de milho em setembro foi mais tímido: 17,3% – diz o economista e pesquisador da GV Agro Felippe Serigati.

Para a analista de mercado da Tendências Consultoria Marcela Mello, o bom desempenho das exportações do produto ajuda a manter os preços em alta no mercado interno.

– É exatamente essa alta paridade nas exportações que deve pressionar os preços internos, porque acaba diminuindo a disponibilidade de milho aqui dentro e acaba naturalmente pressionando os preços. O produtor sabe que ele pode vender aqui dentro por um preço maior – afirma.

Perspectivas

Mesmo com as exportações a todo vapor, os analistas preveem um 2016 mais retraído para o mercado de milho. A demanda pelo grão brasileiro deve continuar aquecida, mas as altas expressivas no custo do produtor podem ter impacto na produtividade, principalmente na segunda safra do grão.

– O produtor tem duas alternativas. Uma é ganhar no diferencial de câmbio, entre o que ele compra de insumos para o plantio e o câmbio que ele vai vender o produto dele. Se o câmbio desvalorizar ainda mais, ele acaba ganhando bastante desse diferencial. Foi o que aconteceu do ano passado pra cá, mas com o atraso e a redução dos recursos do governo, o produtor tem uma maior dificuldade de investir em tecnologia, então pode ser que a produtividade dessa safra seja bastante prejudicada – acredita Mello. 

Sair da versão mobile