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Comitiva chinesa vai a Mato Grosso em busca de novos negócios

Foram assinados três protocolos de intenções que podem beneficiar setor agropecuário do estado; soja convencional e carne bovina estão no radar dos asiáticos

chineses em Mato Grosso
Foto: Canal Rural/reprodução

Diante da guerra comercial com os americanos, a China quer abrir novas possibilidades de mercado e reforçar a parceria com outros fornecedores. A soja convencional e o boi a pasto brasileiro estão entre os destaques.

De olho nas exportações para o mercado asiático, Mato Grosso recebeu o governador da província de Shaanxi, visando estreitar relacionamento e fechar negócios. “São empresas que têm condições de investir no Brasil, investir em parcerias, melhorias da tecnologia, em desenvolvimento e principalmente criar alguns produtos de acordo com as necessidades do mercado chinês, que hoje ainda precisa de alguns produtos brasileiros. Eu poderia dizer que o Brasil seria a última fronteira do mundo que eles têm como parceiro, e hoje já é um dos maiores”, afirmou Paul Liu, presidente da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico.

A comitiva chinesa e o governo mato-grossense assinaram três protocolos de intenções que podem beneficiar o setor agropecuário. Um deles é um plano para estabelecer uma ligação entre escritórios de relações internacionais de Shaanxi e o governo estadual. O segundo acordo é sobre a zona de livre comércio de Yangling, junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) de Mato Grosso. E o último foi assinado entre o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) e o Centro de Melhoramento de Carne Bovina da China (NDCIC).

“Neste momento, apenas duas indústrias (de carne) em Mato Grosso estão habilitadas a exportar para a China, então dentro desse protocolo, os chineses assumem a responsabilidade de habilitar novas plantas, novas indústrias frigoríficas para exportar carne”, disse Guilherme Nolasco, presidente do (Imac).

Além das assinaturas, a delegação da província de Shaanxi, que fica na região região central do país asiático, cumpriu agenda em Cuiabá, e levantou informações sobre o agronegócio com as principais entidades da agropecuária mato-grossense.

” Isso vai criar novas oportunidades, novos horizontes para que o Brasil e a China possam construir um caminho mais aberto. Existem alguns entraves, mas tenho certeza que tudo isso será superado aos poucos, mesmo com a dificuldade da proibição sobre taxa que o Estados Unidos impôs na China”, disse Paul Liu.

Soja

Os chineses também demonstraram interesse pela soja convencional, que é cultivada em aproximadamente 17% da área destinada à oleaginosa no estado do Centro-Oeste. Na última safra, foram colhidos em Mato Grosso cerca de 5 milhões de toneladas do grão não-transgênico.

“Mato Grosso tem condições de atender a essa demanda, mesmo ela sendo grande, basta que eles paguem por isso, porque é uma produção diferenciada”, comentou Gutemberg Carvalho Silveira, presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat).

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