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Fungo prejudica uvas na Serra Gaúcha

Mufa já atinge 30% das videiras e compromete safraUm tipo de fungo conhecido como mufa já atinge cerca de 30% das videiras da Serra Gaúcha e está comprometendo a safra de uma das principais regiões produtoras de uva do país.

O míldio, ou mufa como é chamado popularmente o fungo, vem atacando os parreirais desde a floração, em outubro. A doença se prolifera com o excesso de chuvas e as altas temperaturas. O resultado são folhas amareladas e amarronzadas, com algumas árvores já sem folhas, e até cachos ressecados.

As variedades viníferas, como cabernet sauvignon, merlot e chardonnay são as mais suscetíveis ao fungo. Se ele não for controlado, pode comprometer até 100% da produção, além da qualidade do vinho que vai ser elaborado depois da colheita.

– A gente percebeu, na verdade, no início do mês de novembro. E quando a gente percebe já é tarde demais, porque a gente tenta controlar daí por diante, mas as perdas já são inevitáveis – afirma o agricultor Vanius Forresti, de Bento Gonçalves.

Nos seis hectares de sua propriedade, as perdas já chegam a 10%, mas a média geral da região é ainda maior.

Segundo o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Lucas Garrido, cerca de um terço dos parreirais da serra gaúcha já estão comprometidos por causa da doença.

– Uma uva atacada pelo míldio vai produzir menos açúcar, e produzindo menos açúcar você vai ter uma uva mais ácida e, consequentemente, você não produz um vinho de qualidade a partir de uma uva ácida. Você precisa ter um equilíbrio de acidez e um teor adequado de açúcar – diz.

No ano passado, o Rio Grande do Sul colheu mais de 800 mil toneladas de uva. A colheita desta safra abriu oficialmente há uma semana e segue até o mês de março.

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