Governo libera importações de leite em pó do Uruguai

A missão técnica enviada ao país vizinho na semana passada concluiu que não há riscos de triangulação do produto de outros países

Fonte: Divulgação/Governo SC

O Ministério da Agricultura decidiu liberar a importação de leite em pó do Uruguai. A informação foi confirmada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Luis Eduardo Rangel, ao Canal Rural nesta segunda-feira, dia 6.

Segundo ele, a missão técnica enviada ao país vizinho na semana passada concluiu que não há riscos de triangulação do produto de outros países. Com isso, empresas brasileiras já podem comprar dos produtores uruguaios. “A reabertura é automática. Falta apenas a comunicação oficial, um procedimento diplomático, às autoridades uruguaias para oficializar”.

A missão técnica retornou do Uruguai na sexta-feira, dia 3. O relatório final deve ser concluído nos próximos dias. O secretário destacou que não existem motivos para barrar a importação nesse momento.

Segundo Rangel, os dados sobre a produção de leite no Uruguai, coletados pelos funcionários do Mapa, condizem com os números de consumo interno e de exportação para o Brasil e outros países, o que descarta a possibilidade de triangulação.

Com a reabertura, a indústria de laticínios pode voltar a importar imediatamente. Ainda não existem cotas para essa compra.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, cobrou um posicionamento oficial do Ministério da Agricultura e disse que ficou surpreso com a notícia. “Todos os produtores de leite do país estão perplexos de saber dessa notícia hoje, por causa de um documento, um memorando interno circulando entre os fiscais. Nos pegou de surpresa porque a data dele é de sexta-feira, ou seja, desde sexta estão liberadas as importações de novo e nenhuma notícia foi dada pelo Mapa sobre o que houve na missão. Não foi dito a ninguém, não foi colocado a público. Ninguém ficou sabendo a não ser os fiscais, o que é muito ruim. O ministro tinha que ter dado uma satisfação”, disse Borges, que relatou a decepção do setor por causa do preço do produtom, que não agiu. “Os produtores estão desesperados”, relatou.