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Agricultura

Ajudados pelo clima, produtores de mandioca retomam colheita

No Paraná, com o aumento na oferta de mandioca, as indústrias de fécula reduziram a dependência de outros estados

Os produtores de mandioca do Paraná finalmente dispõem de condições climáticas favoráveis para retomar as colheitas.

Mandioca
Mandioca. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Com isso, a oferta de matéria-prima paranaense para as indústrias cresce, e elas podem reduzir a dependência de outros estados.

Esse é um dos temas do Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 11 a 17 de março. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

As primeiras estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam uma área de 1.240.000 hectares e produção de 18 milhões de toneladas de mandioca no Brasil.

No Paraná, segundo produtor da raiz, atrás apenas do Pará, estima-se que a safra 2021/22 terá 131 mil hectares, com produção de 2.850.000 toneladas.

Ainda que seja o segundo em produção, o Paraná é o primeiro produtor de fécula, com várias indústrias instaladas no território.

A busca de mandioca em regiões mais distantes já faz parte do planejamento do parque industrial nos últimos anos, o que se reduz agora com a retomada da colheita. Mas a previsão é de safra menor e as indústrias devem novamente se socorrer em estados vizinhos.

Os preços continuam em alta. Na última semana, a mandioca na indústria custava, em média, R$ 650 a tonelada.

A fécula foi comercializada por R$ 99 a saca de 25 quilos, o que representou aumento de 3% em relação à semana imediatamente anterior.

A farinha crua teve reajuste de 1% e foi negociada por R$ 142 a saca de 50 quilos.

Banana e feijão

O boletim destaca, ainda, a comercialização de banana nas unidades da Ceasa/PR em 2021. A fruta foi a primeira em quantidades negociadas e a segunda em valores. As 77,9 mil toneladas movimentaram R$ 179,9 milhões, com preço médio de R$ 2,31. No total, a Ceasa transacionou 584,4 mil toneladas de frutas, com giro financeiro de R$ 1,7 bilhão.

A colheita da primeira safra de feijão 2021/22 já se encerrou. O Paraná cultivou 141 mil hectares e produziu 185 mil toneladas, volume 33% inferior ao previsto inicialmente em razão da estiagem. Para a segunda safra, a estimativa é de 272 mil hectares e produção de 537 mil toneladas.

Soja, trigo e milho

O documento do Deral destaca o avanço considerável na colheita de soja, que atingiu 68% da área plantada neste ciclo, ou 3,8 milhões de hectares. Isso representa 10 pontos percentuais acima do que estava colhido na mesma época na safra anterior.

O milho também foi favorecido pelas condições climáticas e o plantio atingiu 87% da área estimada de 2,6 milhões de hectares para a segunda safra 2021/22, a maior da história. Já a colheita do grão de primeira safra alcançou 75%, com ritmo mais lento exatamente por estar no final.

Sobre o trigo, o registro fica nos preços praticados. Na última semana, atingiu no Paraná, em média, o valor de R$ 1.955 pago pelos moinhos, com valorização de 14% em relação ao que era praticado em fevereiro. Na ponta da venda, os moinhos recebem R$ 152,72, em média, pelo saco de 50 quilos de farinha especial, aumento de 4% em relação ao mês passado.

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