Política

Previdência: articulação se intensificou no Carnaval, diz líder do governo

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou que a base governista se reuniu para definir os relatores da proposta e a instalação das comissões temáticas

Carteira de trabalho, Reforma da Previdência
Foto: Prefeitura Municipal de Schroeder (SC)

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que a base governista se reuniu no Carnaval para definir os relatores da reforma da Previdência e a instalação das comissões temáticas.

Segundo ela, há cinco deputados na disputa pela relatoria da proposta na comissão especial e quatro para defender a admissibilidade do projeto perante a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Os diálogos se intensificaram após críticas sobre a articulação política da gestão Bolsonaro. Na semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, chegou a declarar que os governistas não teriam número sequer para aprovar a admissibilidade da medida na CCJ. Para Joice Hasselman, no entanto, tudo não passou de um “bate-cabeça” comum em início de governo.

“Na semana que vem, faremos uma nova rodada de conversas com os coordenadores das bancadas temáticas e com os líderes dos partidos – e boas novas virão. Teremos um momento mais auspicioso nas relações entre o Congresso e o Palácio do Planalto. Às vezes, a gente tem um bate-cabeça no início da relação, e isso é normal”, disse a deputada.

Calendário

Hasselman não soube precisar quando será instalada a Comissão de Constituição e Justiça, primeira etapa a ser vencida na tramitação da PEC. Ela disse que o calendário de votação em Plenário pode variar em duas semanas, mas não vai comprometer a pretensão de votar a proposta na Câmara no primeiro semestre.

Nova call to action

“O importante é a gente costurar para que o texto chegue no Plenário com uma base consolidada. Se vai ser em maio ou em junho, não faz diferença, o importante é a gente aprovar o texto”, disse a líder.

Relatores

Joice Hasselman informou que o relator escolhido para a PEC da Reforma da Previdência deve ter os seguintes requisitos: alinhamento com a pauta econômica do governo, como o presidente da Casa, Rodrigo Maia; e “musculatura” para resistir às pressões de segmentos afetados.

Ela negou que haja disposição do governo em flexibilizar o texto enviado pelo Poder Executivo. “Não vamos desviar o foco da economia de R$ 1 trilhão. As mudanças serão feitas fazendo conta, com a calculadora na mão. Não dá para flexibilizar muitos pontos ou não teremos a nova Previdência, mas o ‘Frankenstein’ da Previdência”, afirmou.

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