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Início de 2021 deve ter escassez de milho no Centro-Sul, diz analista

Apesar do aumento na previsão da safra 2019/2020 pela Conab, analista vê os preços do cereal até o ano que vem

O Companhia Nacional de Abastecimento revisou as projeções para a safra 2019/2020 de grãos. A entidade indicou produção total de soja em 124,8 milhões de toneladas e de milho em 102 milhões de toneladas, ambos volumes recordes. Apesar disso, de acordo com o analista da Terra Agronegócio, Ênio Fernandes, os preços dessas duas commodities devem continuar sustentados até o fim deste ano.

No caso da soja, “há um quadro de escassez, que promete prêmios robustos, principalmente para janeiro e fevereiro”.

Já o milho segue bem amparado pelas exportações aquecidas. Segundo Fernandes, os preços do milho só devem cair se o produtor resolver vender o que ainda tem de forma concentrada. “Se comercializarem escalonadamente, teremos preços sustentados”, diz.

O analista ainda deixa um alerta: por conta da pequena produção de milho na safra de verão, o cereal estará em falta no início de 2021, entre fevereiro e março, principalmente no Centro-Sul.